UM ATAQUE À LIBERDADE DE IMPRENSA E À DEMOCRACIA EM MOÇAMBIQUE
As pessoas que fazemos parte do projecto “Territórios em conflito: acompanhamento de processos e consolidação de narrativas sobre sustentabilidade da vida” condenamos veementemente o ataque às instalações das publicações CanalMOZ e Canal de Moçambique, na noite do último Domingo, 23 de Agosto de 2020.
Tal como inúmeras organizações da sociedade civil, a nível nacional e internacional, embaixadas e organizações internacionais, para além de algumas das principais redes vinculadas aos sectores do jornalismo e da comunicação social, como o MISA Moçambique e o FORCOM, lamentamos profundamente que as acções contra a liberdade de expressão e de imprensa, consagradas na Constituição da República de Moçambique como direitos fundamentais, tenham mais uma vez lugar neste país.
Esperando que todos os seus autores e promotores sejam devidamente responsabilizados, dentro do quadro legal previsto, e em favor do desenvolvimento democrático e do reforço do Estado de direito e dos direitos humanos em Moçambique, manifestamos a nossa maior e mais profunda solidariedade para com os trabalhadores e trabalhadoras destas publicações; e também para com a população moçambicana, a qual deverá poder usufruir da capacidade e do direito fundamental de aceder livremente à informação.